"E até não sei se a certa altura não seria bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia"
"Eu não acredito em reformas, quando se está em democracia..."
A sua autora, Manuela Ferreira Leite, presidente do PSD,num comentário às reformas que o actual Governo tem realizado em áreas como a justiça, educação ou saúde.
Vai lá vai... Então mete-se "tudo" na ordem. Mas o que é "tudo"? Já não chegaram mais de 40 anos de ditadura para nos "porem na ordem"? Há-de vir agora MFL, vir a terreiro dizer que não era bem o que queria dizer, blá, blá, blá ,... mas que o disse, disse? Se em democracia se pensasse como no tempo da "outra senhora", também a podiam mandar para o exílio, ou não? Rico futuro o dos portugueses...
7 comentários:
Francamente...como cidadão comum estou espantado com tanta falta de SENSO e de qualidade intelectual(digo eu)
A srª. poderá viajar já para o reduto ditatorial da Madeira e aí sim poderá dar aso à sua estupidez.
As expressões de Manuela Ferreira Leite não são felizes...
De qualquer forma, também não sei em que contexto elas foram produzidas...
A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, questionou-se hoje, em jeito de ironia, "se a certa altura não é bom haver seis meses sem Democracia, mete-se tudo na ordem e depois venha a Democracia".
in "Correio da Manhã" versão on-line de 18 Novembro 2008 - 17h02
Ò Paulo independentemente do contexto não devemos ignorar a percentagem de analfabetismo que grassa no nosso País.
Que diriam Sá Carneiro e Cavaco Silva, que ficaram para a história justamente pelas suas reformas e que não hesitaram em enfrentar corporações, sem precisarem de "suspender a democracia" para isso?
A dr Manuela que pretende passar uma imagem de seriedade deve perceber que em política não basta parecer sério, é preciso sê-lo
Caro João,
Concordo consigo.
Não estou com os meu comentários a querer minimizar a gravidade da afirmação. As expressões utilizadas foram infelizes, quer tenham sido produzidas com ironia, quer tenham sido ditas com convicção.
o contexto em que são produzidas pode apenas ajudar a compreender a razão pela qual elas foram proferidas.
De facto, "à mulher de César não basta ser séria..." e uma politica experiente como Manuela Ferreia Leite, que (pelo menos em teoria) tem aspirações a Primeira-Ministra, não pode cometer "brincadeiras" destas.
Os seus contestatários que tanto alariam pelo seu silêncio, devem ser os mesmos que agora imploram para que se cale. Na verdade, sempre que abre a boca é duma infelicidade atroz.
Depois do que disse dos jornalistas, apoio a reformas do governo de Sócrates e, com este tipo de ironia, pouco espaço lhe vai restar para estar à frente do PSD.
Há coisas que nem por ingenuidade se podem colocar em tom irónico, porque já por si só são muito sérias, para serem levadas de tão ânimo leve, sejam em que contextos sejam.
No PSD falta um rei de Espanha, para a mandar calar.
Falando sério é preocupante que tenhamos como líder do maior partido de oposição uma personagem deste calibre. Pessoalmente não desgostei quando a mesma foi ministra, agora para líder só vontade não chega.
Pobre país que se quiser mudar nas próximas eleições dirá “ é pior a emenda do que o soneto”
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