quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Saído da lâmpada de Aladino

Palavras de José Sócrates, na cerimónia de assinatura do plano de apoio ao sector automóvel, realizada hoje. Assim na sua sábia opinião, a melhoria do rendimento dos portugueses "advirá da baixa da Euribor e da baixa da taxa de juro". "Isso vai aliviar muito as famílias nas suas prestações para pagarem os créditos à habitação, que são hoje uma componente muito significativa das despesas familiares". Ainda de acordo com José Sócrates, "as famílias portuguesas podem esperar em 2009 ter uma inflação mais baixa" e assim "ganharem poder de compra, como vão ganhar poder de compra os funcionários públicos, como não ganhavam há muitos anos" ???? (as interrogações são minhas). Finalmente a descida dos preços dos combustíveis irá ajudar no aumento do rendimento dos portugueses, "fruto da baixa do preço do petróleo, ajuda que se sentirá também ao nível da economia portuguesa.
Quer dizer se em 2009, a taxa Euribor não descer, se a inflação não for baixa (como é de esperar) e se os combustíveis voltarem a subir, vamos ter José Sócrates a convocar os jornalistas para lhes explicar que a culpa não é dele mas da conjectura internacional, o blá, blá, blá, do costume.
José Sócrates não referiu uma única medida que dependa dele e do seu governo para ajudar a melhorar o rendimento dos portugueses em 2009. Disse sim que a inflação, na proposta de Orçamento de Estado para 2009, o Governo previa uma taxa de 2,5 por cento para 2009, prevendo fechar este ano com uma de 2,9 por cento. Só não disse qual a taxa de inflação prevista no orçamento para 2008... Isto não interessava. Finalmente uma verdade, admite que os funcionários públicos têm perdido poder de compra.

1 comentário:

Anónimo disse...

Ferreira Leite considera «inaceitável» ausência de deputados do PSD
A presidente do PSD, Manuela Ferreira Leite, revelou hoje que chamou o líder da bancada social-democrata, Paulo Rangel, à sede do partido para saber quem foram os deputados que faltaram hoje às votações no Parlamento
«Quis saber quem são os deputados que se ausentaram quando não se poderiam ter ausentado. Considero isso inaceitável e considero que é alguma coisa que não se pode tornar a repetir», declarou Manuela Ferreira Leite à Rádio Renascença (RR).
Nas votações de hoje poderia ter sido aprovado um projecto do CDS-PP que recomendava ao Governo a suspensão da avaliação dos professores, não fossem as ausências de deputados da oposição.
Como houve seis deputados do PS que votaram a favor ao lado da oposição, uma deputada do PS que se absteve e treze socialistas que faltaram, com mais 22 votos favoráveis o projecto do CDS-PP teria sido aprovado.
Na bancada do PSD registaram-se as ausências de 30 dos 75 deputados e faltaram ainda cinco deputados de outras bancadas da oposição.
«Independente daquilo que estivesse em causa, já chamei cá o presidente do grupo parlamentar para saber exactamente o que é que se passou», revelou a presidente do PSD, em declarações à RR, considerando que «nunca é admissível que os deputados faltem às suas obrigações e às suas responsabilidades».
Manuela Ferreira Leite disse que a sua intenção foi «saber exactamente o que é que e se tinha passado».
«Há deputados que estão fora, há deputados a quem foi concedida dispensa por parte do presidente do grupo parlamentar, há deputados que faltaram por qualquer outras razões e há deputados que se calharam foram lá, assinaram e se foram embora... Isto não é admissível em circunstância nenhuma na função de deputado», criticou.
Lusa / SOL

Deputados ausentes
Menezes diz que episódio da AR revela PSD «à deriva»
Luis Filipe Menezes classificou hoje de «lastimável» o episódio em torno dos deputados do PSD que faltaram às votações no Parlamento, considerando-o «sinal de que o Partido está à deriva, sem rei nem roque»

È esta oposição que pretende?