A ERSE, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos é um organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve. A sua missão consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético. Isto é já não chega o governo, a polícia e os tribunais para fazer cumprir as lei, agora ainda havia de aparecer a ERSE. Enfim vamos ao que interessa.
Jorge Viegas Vasconcelos, ex-presidente da ERSE, pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores. Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios. Não é bem assim para todos. Senão vejamos:
O senhor Vasconcelos vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego. Aqui, quem lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?». Sim, mas é que o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Aqui o estatuto de gestor público não se aplicou, porque os estatutos da ERSE eram mais vantajosos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes. Amen . Falta apenas referir que o senhor Vasconcelos auferia o vencimento mensal de 18.000 € mais ajudas de custo, nada mau :-). ( Conteúdo recebido via mail com uns retoques do moleiro)
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