quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Tratado de Lisboa ao seu melhor

"O deputado socialista António José Seguro invocou objecção de consciência para quebrar a disciplina de voto nas propostas de referendo ao tratado europeu que são hoje discutidas no Parlamento"
O vice-presidente da bancada parlamentar socialista, Ricardo Rodrigues, em relação ao assunto opinou:
"Existe uma disciplina de voto, mas tendo invocado objecção de consciência, votará como entender"
Esta de ser objector de consciência, é de rir às gargalhadas. Faz-me lembrar aqueles que não queriam ir à "tropa". Mas a estes obrigavam-nos a "trabalhar" numa Instituição, como forma de "pagamento", o que não é o caso.
A verdade é que António José Seguro é a favor do referendo ao tratado e como todos nós sabemos, estava no programa do governo de José Socrates. Portanto seria de esperar que defendesse a sua posição no Parlamento. Mas parece que a liberdade não está a passa por ali.
Não há liberdade para dizer no parlamento o que lhe vai no peito, não é? E os outros, estão calados, têm que alinhar, não é? De contrário lá se vai o "tacho".
Mesmo assim:
"Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não"

1 comentário:

Antero de Quental disse...

Pelo menos alguém no PS seja contra os políticos irresponsáveis que prometem sem pensar no que estão a fazer.

Mais uma vez, o PM quebrou uma promessa eleitoral.

É preciso ser coerente nas palavras e actos.

Os políticos têm que se responsabilizar pelas suas palavras e em particular pelas suas promessas. Se não é para cumprir, não prometam.

Penso que o Dr. António José Seguro queria apenas que o seu partido, no governo, devia cumprir com a sua palavra.

O populismo do PM que prometeu em campanha eleitoral realizar um referendo para a aprovação do Tratado Constitucional. Mudaram-lhe uns pontos, deram-lhe um nome diferente mas tem exactamente os mesmos objectivos e já não se faz o referendo. É outro, diz o PM (!!!!).

Penso que 99,98% dos portugueses não sabe, mas o que está em causa é mais uma falha de uma promessa eleitoral (não Demagógica!!!).