terça-feira, 1 de junho de 2010

Uma lição importante sobre rendimento minimo

"Um professor de economia na universidade Texas Tech disse que nunca havia reprovado um aluno antes, mas uma vez, reprovou uma turma inteira.Esta classe em particular tinha insistido que um regime igualitário realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e "justo." O professor então disse, "Ok, vamos fazer uma experiência igualitária nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas de avaliação nas provas." Todas as notas seriam concedidas com base na média da turma, e portanto seriam "justas." porque iguais. Isso quis dizer que todos iriam receber as mesmas notas, o que significou que ninguém iria ser reprovado. Isso também quis dizer que obviamente ninguém iria receber um "20"...
Depois das primeiras avaliações saírem foi feita a média e todos receberam "13". Nesta altura quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram felizes da vida com o resultado. Quando a segunda prova foi feita os alunos preguiçosos continuaram no seu ritmo , pois que acreditavam que a média da turma os continuaria a beneficiar. Já os alunos aplicados entenderam que também eles teriam direito a baixar o ritmo , agindo contra a sua própria natureza. Resultado, a segunda média das avaliações foi " 8".Ninguém gostou. Depois da terceira prova, a média geral acabou por descambar e voltou a descer para o "5".
As notas nunca mais voltaram aos patamares mais altos, mas ao invés , as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe. A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações e inimizades que passaram a fazer parte daquela turma. No final das contas, ninguém se sentia obrigado a estudar para beneficiar o resto da sala. Resultado : Todos os alunos chumbaram naquela disciplina... porque todos eram «iguais».
O professor explicou que a experiência igualitária tinha falhado porque ela traduziu-se na desmotivação dos participantes. Preguiça e mágoa foi o resultado. "Quando a recompensa é grande", disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. "É impossível levar o pobre à prosperidade através de acções que punam os mais afortunados pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, obriga a que outra pessoa deva trabalhar sem receber. O governo não pode «dar» a alguém aquilo que tira a outro alguém. Quando metade de uma população começa a entender a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustenta-la, e quando esta outra metade entende que não vale a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim de uma nação. É impossível multiplicar riqueza dividindo-a." ( Adrian Rogers, 1931) "
Enviado via mail por Pedro Filipe Silva 2010 Jun 01
O mail publicado foi-me enviado, com o desafio de me pronunciar sobre o conteúdo do mesmo. Reconheço que não percebi o porquê de tal mas, se o Pedro Silva acompanha regularmente o "Moinho", sabe exactamente a minha opinião sobre o tema. No entanto por entender que o tema é perfeitamente actual e que pela sua pertinência se enquadra perfeitamente no que tem sido a forma de nos governar, resolvi pela sua publicação, para poder assim abrir um debate em que eu, certamente, terei muito gosto em participar. Espero por isso os vossos comentários.

4 comentários:

anonimo disse...

Para mim, é muito simples, para uns viverem muita bem, outros têem que viver muito mal.
Infelizmente é esta a realidade.

Olímpio disse...

Considero o texto de importancia maior,tendo em conta que é no trabalho,de facto,que nos podemos valorizar,arrastando os sem vontade de o fazer,para melhorias colectivas.A dignidade do cidadão,passa por isso mesmo,o trabalho e a sua disciplina em grupo e em familia,só assim a comunidade tem sentido e prosperidade,dai o jeito de se dizer...É muito trabalhador,ou então,não lhe apetece fazer nada|

Paulo Bernardes disse...

Julgo que este texto mostra que o bem colectivo facilmente é rejeitado quando afecta os interesses pessoais.

Se bem que, convenhamos :-), não sei qual é a utilidade de todos os elementos da turma terem a mesma nota. A igualdade está no facto de todos terem o direito de frequentar a mesma turma, ouvir o mesmo professor e ter acesso ao mesmo material de estudo. A justiça está na imparcialidade da avaliação do professor. Cada aluno tem capacidades diferentes, que implicam resultados académicos diferentes. Eventualmente, para elevar o nível de conhecimento e homogeneizar os resultados, os alunos poderiam organizar sessões de estudo conjunto, que serviriam para esclarecer dúvidas.

Querer mostrar apenas com isto que o rendimento mínimo é injusto, será forçado e duvidoso. Não pertenço ao grupo de pessoas que concorda com o modelo português do rendimento mínimo, mas reconheço a bondade do princípio.

Unknown disse...

O bem colectivo de quem na maioria nunca fez nada em prol do mesmo? Isso é o bem colectivo? Quando se sacrifica quem trabalha, para dar a quem não o quer fazer. Já estive em África nas as antigas colónias e o que vi é que só passa fome quem quer. Trabalhem que verão o produto do vosso suor. Já viram os milhares de hectares que estão ao abandono?
Muito mais fácil estar no café e o interesse pessoal a trabalhar para o bem colectivo. Uma proposta, porque não vamos todos para o café à espera do bem colectivo. LOL