“ ORDINARIAMENTE todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, Por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?” Eça de Queiroz, 1867 in “ O distrito de Évora” Enviado ao "Moinho", via mail por Paulo Bernardes (2008 Mar 30)
2 comentários:
Amigo Paulo
Há dias ouvi dizer um ministro do 24 de Abril dizer que "Salazar era anti-fascista" e um governante do pós 25 de Abril, do PS, dizer que Álvaro Cunhal não foi anti-fascista. Eu, acredite fiquei um pouco triste. Mas onde é que isto vai parar... Mas agora é que vejo que quem é autor de atoardas destas, também deve ser da “camarilha” a que se refere o grande Eça.
Queria agradecer o mail enviado e felicitá-lo, pela oportunidade da notícia em causa. Trata-se de um escrito, que remonta ao século XIX, mas cujo conteúdo está perfeitamente actualizado.
Um abraço
Ambas as afirmações são descabidas. Já só faltava dizer que o "tio Adolfo" era socialista (tira-se o "nacional" que atrapalha) e que teve pelos judeus particular estima e consideração a tal ponto de lhes construir cidades e dormitórios só para eles, com casas de banho privativas onde a água já era aquecida com um sistema de gás natural.
Não me identifico, politicamente, com o partido comunista português, mas só posso reconhecer que nenhum outro partido politico teve um lider tão emblemático e carismático como Alvaro Cunhal.
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