O padre Vítor Melícias, ex-alto comissário para Timor-Leste e ex-presidente do Montepio Geral, declarou ao Tribunal Constitucional, como membro do Conselho Económico e Social (CES), um rendimento anual de pensões de 104 301 euros. Em 14 meses, o sacerdote, que prestou um voto de obediência à Ordem dos Franciscanos, tem uma pensão mensal de 7450 euros.
O valor desta aposentação resulta, segundo disse ao CM Vítor Melícias, da "remuneração acima da média" auferida em vários cargos, nomeadamente no Montepio Geral, na Misericórdia de Lisboa, no Serviço Nacional de Bombeiros e noutros organismos, que correspondem a uma responsabilidade acima de director-geral.
Está justificado, tudo ex-grandes tachos :-)
2 comentários:
Em tempos li um texto, que julgo ser uma homilia de um autor do séc. II, o qual dizia sensivelmente o seguinte:
"Quando ouvem da nossa boca a palavra de Deus, os pagãos ficam admirados com a sua excelência admirável. Mas quando tomam conhecimento de que as nossas obras não correspondem às nossas palavras, começam a blasfemar, dizendo que tudo é fábula e mentira. (...) Se verificam que nós não só não amamos os que nos odeiam mas nem sequer os que nos amam, riem-se de nós e blasfemam o nome do Senhor.”
E só para variar um pouco o tema, mas também dentro da temática da Igreja e eventos, dou o exemplo das Festas da Nossa Senhora dos Altos Céus, as quais não é conhecida a origem e que se realiza no 3º domingo de Maio na Lousa em frente da Igreja Matriz.
São compostas por três danças distintas: "Dança das Donzelas ou Virgens", "Dança dos Homens, Dança das Genébres ou da Farrombana" e "Dança das Tesouras".
Dança das Virgens
"A dança começa à porta da Igreja onde se adora a Senhora dos Altos Céus e ali uma das donzelas diz o primeiro verso, outra diz o imediato e assim seguidamente até ao último". Não transcrevo os versos para não ser tão exaustivo.
Dança dos Homens
A "Dança dos Homens" ou das "Genébres" realiza-se no adro da igreja, que tem as portas abertas e, depois, em frente à casa dos festeiros ou pessoas gradas da povoação, que oferecem aos dançadores doces e vinho.
É executada por nove homens: seis vestidos de jaleca e calça branca, cinta vermelha e uma capela alta na cabeça, recamada de flores de papel e fitas, da qual pendem outras fitas em grande número, de cerca de um metro de comprimento, pelas costas abaixo, e três rapazinhos, vestidos rigorosamente de mulher, também de branco, com cordões de ouro ao pescoço e brincos nas orelhas – as «madamas». Dos seis homens, cinco empunham e tocam uma viola beiroa
Após a contradança de entrada, segue-se a rabeja, com os dançadores em duas filas, em que o homem das genébres, rompendo a compostura do conjunto, arremete em aparente desordem, contra as «madamas» e contra a assistência, em repépés, parecendo transparecer uma intenção erótica. Vêm depois as varandas e o chouriço e a dança termina pela vénia, com toques mais rápidos das genébres, e finalmente com todos os dançadores em linha, voltados para o público".
Pois caros cidadãos portugueses, toca a escrever sobre estas festas da Lousa, em que homens dançam com homens e até mistura três rapazinhos e tem intenções eróticas, tudo isto no adro da Igreja Matriz, debaixo das barbas dos padres, fiéis e outros, inserido nas Festas da Nossa Senhora dos Altos Céus!
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