A questão da jurisdição da Ilha da Morraceira foi levada ontem a reunião de câmara pelo vereador do PS, que recordou o estudo encomendado ao investigador Rui Cascão, depois da controvérsia levantada por diversas juntas de freguesia, que reivindicavam o espaço como seu, particularmente Lavos e Vila Verde. Ora, segundo António Tavares, o presidente da Câmara já recebeu esse estudo em Abril de 2006, concluindo-se no documento que «de forma muito clara e sem margem para quaisquer dúvidas, a jurisdição sobre a ilha compete à Junta de Freguesia de S. Julião», disse o autarca. No documento, ainda segundo o vereador, o professor universitário apresenta os seus argumentos, justificando com «razões jurídicas, históricas e circunstanciais», e afirmando claramente que a ilha «deverá ser adstrita à junta de S. Julião, evitando-se partilha tipo salomónica». Por isso, sustentou, este será um assunto «que deve ser dado por encerrado, não fazendo sentido que se continue com a controvérsia, quando as fontes que o professor estudou se conjugam», adiantando que, «se dúvidas houvesse deveriam ser extintas quando o estudo lhe foi entregue».Tavares manifestou ainda a sua estranheza sobre o facto de Duarte Silva ter recebido o estudo «em Abril de 2006 e tenha deixado que a especulação pairasse no ar, sem nunca nos ter facultado o documento, que é pago com dinheiros públicos», frisou, questionando o presidente sobre «se haverá alguma razão para o engavetar, ou se esperava melhor momento», disse, perguntando ainda se «subsiste ainda alguma dúvida, ou o estudo não foi exaustivo?».Parco em palavras, o presidente da câmara apenas adiantou que «o estudo foi feito, mas não era uma preocupação muito urgente e sobre ele não nos debruçamos», salientou, enquanto que José Elísio referiu que o documento «está errado e conclui mal», adiantando que a questão «foi colocada por Vila Verde e Lavos, pois em relação a S. Pedro e S. Julião estão delimitadas». Instado a justificar as suas palavras por Tavares, que entende que «se está mal, há que dizer porquê», contestou a postura do seu opositor. «O que disse não é nada, o senhor está a rebater o estudo de um investigador credenciado», disse ainda. Em resposta, o vereador do PSD apenas referiu que «os doutos investigadores também se enganam». Fonte "Diário de Coimbra" 2009 Jan 20
5 comentários:
Não sei se já foi, mas se não foi penso que é esta a altura ideal do Sr. Presidente da nossa Junta, em Assembleia Municipal confrontar o Sr. Presidente da Câmara sobre esta questão, pois segundo julgo saber a nossa Junta já fez algumas intervenções nos caminhos da Ilha da Morraceira, partindo do pressuposto que a nós (Freguesia) pertencia.
Como ficamos? Agora que publicamente o Sr. Presidente da Câmara não disse sim, nem não mas NIM, acho que deveríamos (Junta) tomar uma posição publica para de uma vez por todas esta questão ficar arrumada: Com eleições á porta o Sr. Presidente da Câmara certamente quererá continuar a olhar para o lado como nada fosse com ele, o que nós não deveríamos permitir.
Estudos fazem-se hoje por tudo e por nada. Mas o mais impressionante, é sempre se encomenda um, as conclusões são sempre favoráveis a quem os encomendou (Pagou).
Veja-se os sobejamente conhecidos no domínio dos media, incineração, impacto ambiental da instalação de centrais de asfalto, combinado etc.
Convicto que se a Junta de Freguesia encomendar outro, o resultado passa a ser outro, e desta vez, a seu favor. Um estudo vale o que vale e as suas conclusões são sempre feitas e relação aos objectivos previamente designados e por muito carácter científico que possa estar por detrás, outro baseado em factos é sempre discutível.
Resta pois não cruzar de braços e fazer o mesmo que fez a Câmara que como Pilatos está a lavar as suas mãos para não ter dizer não nem a um nem a outros. Nunca nos podemos esquecer que só depois de transitar em julgado em tribunal administrativos é que nos podemos dar por derrotados.
É uma vergonha o que a câmara municipal através da sua presidência está a fazer a Freguesia de Vila Verde, porque em sua consciência, se que ainda a têm, sabe perfeitamente que sempre pertenceu a Vila Verde. Mas porque à falta de os ter no sítio, nunca foi capaz de opinar publicamente sobre o assunto, são uns velhos politiqueiros, que só nos conhecem pela necessidade do voto.
Sr. Presidente da Junta, faça o mesmo encomende também um estudo assistido também por um catedrático, que mais não fazem de assina-lo por debaixo, pois quem sabe se não foi um simples estagiário que o efectuou a seu mando, e quem saber se mal remunerados, e vai ver que o mínimo, poderá pertencer a todos menos a S. Julião.
Entre tanta vergonha da jurisdição camarária esta é das mais deploráveis atitudes da sua presidência. Simplesmente DEPLORÁVEL.
Ao longo de muitas décadas, a Ilha da Morraceira foi povoada pelas gentes de Vila Verde e Lavos, cujas pessoas se dedicavam nos meses de Verão, à indústria salícola. Nesta peculiar arte do salgado; - os marnotos, as salineiras, os barqueiros - o sal, para eles, era uma fonte de rendimento (no pão nosso de cada dia), lhes davam a sustentabilidade, para "sobriverem" com os seus parcos recursos, naqueles tempos difíceis.
A nossa freguesia, graças ao trabalho dos seus profissionais do salgado, "exportava" sal para todo o País. Os barcos de sal saíam carregados dos cais do Trapiche e Toninho e subiam o Rio Mondego até Penacova. Abasteciam as gentes serranas de tão precioso produto, bem como os vagãos, que saím carregados da estação da Fontela.
As nossas "raízes" dessa gente humilde, estão identificadas com a "nossa" Ilha da Morraceira, que era delimitada a Norte para (Vilaverdenses) a Sul para (Lavoenses). Que eu saiba, os figueirenses (S. Julião), nunca usufruiram esse privilégio, de a Morraceira lhes pertencer.
Quanto aos estudos do pseudo/investigador, só lhes falta também afirmar, que as falésias do Cabo Mondego são da Figueira e não de Buarcos... chamo a isso, serviços de "conveniência".
O filho do marnoto - Zé Amílcar
A realidade dita pelo "Filho do Marnoto" SIM. Isso é toda a verdade e não vale de nada andarem a dizer que é de uns ou de outros, a história fala pelos factos e esses são os donos da Ilha, agora ela pode ser de quem a quer, mas sempre se soube que quem deu vida á Ilha foram estas duas povoações, Lavos e Vila Verde, onde estas pessoas se davam muito bem nunca foi falado que S.Julião ou outra freguesia tivesse lá alguma personalidade.
Agora São Pedro é uma nova freguesia, onde remota a sua história que era pertença de Lavos, tendo se emancipado mais tarde, esta também na altura que era pertença de Lavos também lá tinha as suas personalidades.
Agora todos querem ser donos, porquê????
Se nem sabem como o sal é feito.
Mais uma vez deixem a Ilha em paz e façam alguma coisa pelo progresso da mesma, não a deixem degradar, que é isso que a Câmara da Figueira só SABE FAZER, DEIXAR DEGRADAR O NOSSO PATRIMÓNIO, tanto Cultural como Histórico.
(:-:)
O Rio Mondego, é o maior rio nascido em Portugal. Possui as melhores qualidades e as mais valias, que passo a referenciar; é imponente, carinhoso, romântico, inteligente, abastado e justiceiro.
Imponente; - nasce no ponto mais alto de Portugal e o seu leito, estende-se por serras e vales, até chegar à foz.
Carinhoso; - recebeu nos seus braços, os seus filhos (afluentes), o Alba, o Dão, o Ceira e o Arunca.
Romântico; - enamorou e apadrinhou, os amores do Rei D. Pedro e a formosa Inês, ali próximo da Quinta das Lágrimas.
Inteligente; - "doutorou-se", na velhinha Universidade de Coimbra.
Abastado; - "enriqueceu", os latifundiários, os produtores e os agricultores dos seus imensos arrozais.
Justiceiro; - antes de se lançar nas águas do Oceano, abriu os seus dois braços e banhou as 4 freguesias; Vila Verde, Lavos, S. Pedro e S. Julião, "oferecendo-lhes", a linda e valiosa Ilha da Morraceira, que as 4 freguesias, agora querem conquistar?!?!.
Só o Rei Salomão, poderá resolver tão delicada questão... Será?
Pobre Ilha da Morraceira, ao que chegaste...
O Filho da Salineira J.A.C.S.
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