sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Ensino Superior: Internacional deixa de se poder chamar universidade

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MTCES) retirou o estatuto de Universidade à até ontem designada Universidade Internacional – de Lisboa e da Figueira da Foz. Na origem da decisão, que transforma a instituição numa ‘escola de Ensino Universitário’, está o facto de aquela "não reunir as condições legais para funcionar como Universidade". A falta de um "corpo docente qualificado", de actividades de investigação e do número de cursos ou de graus académicos, são algumas das falhas apontadas pelo Ministério.
E agora? Quais as consequências práticas desta medida para a UI e seus alunos (principalmente para estes)? Quais os graus académicos que uma "Escola de Ensino Universitário", pode oferecer? E qual a credibilidade dos cursos da mesma? A Figueira já ficou sem a UC e agora a UI também é para ir?

5 comentários:

Red Blogger disse...

Qual a diferença?
Quem poderá estar por detrás, para não haver a coragem de mandar fechar?
Entre Universidade e Ensino Universitário, onde moram os cursos e respectivos conteúdos programáticos?
Quem será capaz de investir um futuro numa instituição desta estirpe?
Que tipo de ajudas terão recebido estas instituições do governo para funcionarem até agora desta maneira, sem qualquer tipo de auditoria?
Imaginem o que anda por aí, a receber benefícios fiscais e ajudas de implementação sem o mínimo de fiscalização. Só no sector da formação está uma fatia bem considerável do que devemos À CEE.

Paulo Bernardes disse...

O facto de ser uma "Escola de Ensino Universitário" siginifica, basicamente, que não pode atribuir o grau de Doutor. Assim, na prática, os alunos que frequentam os cursos poderão acabá-los e ir para o mercado de trabalho.

Se, de facto, existe a falta de um corpo docente qualificado, a credibilidade dos cursos sai necessariamente afectada. Mas atenção que a falta de um corpo docente qualificado não significa, obrigatoriamente, falta de qualidade docente: significa que existem poucos professores doutorados para leccionarem as cadeiras. E a falta de Doutores limita as actividades de investigação porque cada projecto de investigação tem de ser liderado por um investigador doutorado. Por outro lado, cada docente só pode dedicar 20% do seu tempo a actividades de investigação... Isto acaba por ser uma pescadinha de rabo na boca.

Mas o que me admira mesmo é as universidade privadas ainda terem alunos a frequentar os seus cursos. As universidades públicas já estão a fechar tantos cursos por falta de alunos, que não me admiraria se no futuro se vissem Universidades publicas a fechar as portas...

Anónimo disse...

Sr Paulo bernardes

Entao o problema de as universidades publicas fecharem(algum dia destes)deve-se e só,a defeciente politica dos governates responsaveis pela educação destes socessivos governos,em quem nós depositamos expectativas,para nos governarem bem?
Nos meros mortais,estudantes o não,e que saimos sempre prejudicados p'los socessivos erros dos nossos governamtes.

Paulo Bernardes disse...

Sr. Caranguejo,

De facto, não entendi bem o seu comentário: não percebi se era uma pergunta ou, antes, uma opinião.

De qualquer forma, aquilo que eu escrevi foi:
- a falta de alunos está a condicionar o fecho de alguns cursos superiores;
- não ficaria admirado (embora me choque) se, a médio/longo prazo, essa falta de alunos em algumas universidades (ou institutos politecnicos) provoque o seu fecho.

Sobre a razão da falta de alunos não me pronunciei. No entanto, atrevo-me a dizer que existe uma natural: diminuição da taxa de natalidade há uns anos a esta parte. Se há menos crianças, há menos potênciais candidatos ao ensino e, consequentemente, ao ensino superior. Há outras...

Anónimo disse...

Sr Paulo Bernardes

O meu comentario,era uma opinião e ao mesmo tempo um desabafo,a triste politica govenemental dos sucessivos governos.