terça-feira, 19 de julho de 2011

Douro Intemporal 2011


O território entre o Côa, o Águeda e o Douro Internacional corresponde a um contínuo de áreas protegidas, devido ao seu valor patrimonial. A região - fruto do contexto geográfico e histórico e do esforço recente das entidades que tutelam o património arqueológico e natural, do trabalho de investigadores dedicados à conservação da natureza e do património cultural, conjugados com a preocupação e interesse das autarquias e associações locais -, conservou património arqueológico e natural cuja dimensão e relevância ditaram a criação do Parque Arqueológico do Vale do Côa, do Parque Natural do Douro Internacional, da Área Protegida Privada da Faia Brava, e, recentemente, de uma estrutura cultural de acolhimento, o Museu do Côa. Este território remete-nos para perspectivas tão arcaicas, quanto contemporâneas: paisagens amplas, conservadas, e a grande arte, paleolítica e ao ar livre. Património intemporal que nos convida a reflectir sobre sábias e complexas relações entre natureza e cultura: paisagens de liberdade onde as aves rupícolas habitam escarpas gravadas há mais de 25 000 anos por mestres do traço, comunidades do Paleolítico Superior que nos legaram auroques, cabras, cavalos... É a arte da luz. As arribas destes vales permitem-nos contemplar fauna separada no tempo por 25 000 anos e a obra de artistas separados pelos mesmos 25 000 anos. A baixa densidade populacional, já milenar, e a recente produção de conhecimentos, criaram, afinal, um território notavelmente equilibrado.
O Parque Arqueológico e Museu do Côa, o DGAC-N/Parque Natural do Douro Internacional, os Municípios de Figueira de Castelo Rodrigo, de Freixo de Espada à Cinta, de Pinhel e de Vila Nova de Foz Côa e a Associação Transumância e Natureza, convidam-na(o) a viver este território.

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