A Taça Salazar, um troféu de regatas de remo classificado como peça museológica em 1980, voltou a ficar completa. A efígie do ditador, que faltava já há 30 anos, foi devolvida ao município recentemente. Estava na posse de um antigo presidente da Câmara Municipal. "Uma peça de ourivesaria portuguesa notável". A Taça Salazar é definida, desta maneira, por Joaquim de Sousa, que dirigiu os destinos da Autarquia entre 1980 e 1982 e foi presidente da Assembleia-geral da Federação Portuguesa de Remo durante 17 anos. A obra de arte pesa cerca de 20 quilogramas, tem um metro e meio de altura e é composta por 235 peças, em prata, trabalhadas em estilo manuelino. A base é feita de pau-santo. A Taça Salazar foi oferecida às regatas internacionais da Figueira da Foz , em finais da década de 30, por 68 municípios portugueses (alguns, como Coimbra, Montemor-o-Velho, Lisboa, Porto ou Valpaços, têm os seus brasões representados nela). Num dos lados, incluía uma efígie de António de Oliveira Salazar, que assentava numa peça com cerca de um palmo de comprimento. Dela nada se soube, durante perto de três décadas. Até agora. José Manuel Leite, o presidente que antecedeu Joaquim de Sousa, fez questão de devolver a efígie com a figura do ditador ao município, agora presidido por João Ataíde. Tinha-a guardado para evitar a sua destruição. Joaquim de Sousa estava à frente da Autarquia quando foi deliberada a entrega do troféu - na altura, já sem a figura do ditador - ao museu municipal da cidade. E lá continua, agora, inteira. Fonte "JN" (2010 Fev 18)
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