A ex-secretária do governador civil de Coimbra foi nomeada, recentemente, sua adjunta e a respectiva remuneração aumentou 80 por cento. Rosa Isabel Cruz, que secretariou Henrique Fernandes durante três anos, auferia nessa função o vencimento ilíquido de 1 201 euros, sendo que o novo estatuto lhe confere um salário ilíquido de 2 168 euros. Membro do Secretariado da Comissão Concelhia cessante do PS/Coimbra, Isabel Cruz figura na terceira posição da lista em que Henrique Fernandes se candidata à presidência daquele órgão partidário. Isabel Cruz foi nomeada, recentemente, para a função de adjunta. Em casos devidamente fundamentados, o ministro da Administração Interna poderá autorizar a existência de dois adjuntos nos gabinetes de apoio pessoal dos governadores civis. A nomeação da nova adjunta foi autorizada pelo Ministério da tutela, “na sequência do aumento de responsabilidades e volume de trabalho e no sentido de reforçar a acção dos governos civis nas suas diversas áreas de competência”.
Fonte Blog "Sítio do Picapau Amarelo" (2008 Abr 23)
8 comentários:
Desde que as nomeações politicas sejam com base na competência, não vejo que mal possa haver em alguém, que antes desempenhava a função de secretário(a), ser nomeado para o cargo de adjunto(a). Muitas pessoas competentes tem convicções e militâncias politicas e é lícito que as tenham. Se, repito, esta promoção tiver por base competência, não estamos necessáriamente na presença de um "job for the boys". Trata-se, eventualmente, de uma estratégia de um responsável politico para concretizar os objectivos do seu partido (que para todos os partidos politicos deveria ser servir nobremente o nosso País).
Naturalmente que se a nomeação tempo base outra motivação que não a competência (por exemplo favores), então o procedimento enquadra-se num comportamento tipico de organizações mafiosas e corruptas cujo objectivo primordial é enriquecer à custa da dor e do sacrifício de terceiros. No caso de estruturas politicas reflecte, ainda, uma total ausência de principios eticos e morais e um absoluto e arrogante desprezo pelo Povo.
Resta saber como se enquadra esta situação, mas não me caberá mim no imediato julgá-la.
A seu tempo tudo será julgado pelo Povo que é soberano.
Sr Paulo Bernardes
O problema aqui é a pessoa em causa ser do PS, porque se fosse do PSD essa noticia não estaria neste blog .
O senhor José Elisio não é do psd????E se bem me lembro já saiu uma noticia sobre ele neste bloog e em nada abonatoria para o mencionado senhor.O senhor anonimo não deve andar a ler bem as noticias do bloog.
Quanto ao aumento exagerado e abruptivo da senhora em causa , acho uma palhaçada , mas ela lá deve ser boa naquilo que faz deve ser a compensação das horas extraordinarias....
O problema que aqui merece ser, eventualmente, aflorado é a falta de transparência com que algumas nomeações ocorrem. E este problema atravessa todo o espectro politico português (da esquerda à direita).
Outro aspecto que merece atenção é o facto de se focar imediatamente o aumento significativo do ordenado. Facilmente se tecem comentários jocosos acerca da senhora por passar a receber mais 80% sobre o ordenado que auferia. Mas ninguém está interessado em saber se é justo ou não.
Atenção que, tanto na indústria como na função pública aumentos de 100% (e até mais) acontecem com alguma frequência. É perfeitamente justo que cada pessoa procure melhorar a sua situação financeira.
Amigo Paulo Bernardes:
Na minha opinião trata-se de facto de um "job for the girl". Não está no post, mas a referida funcionária, é a número 3 da lista de Henrique Fernandes, concorrente à presidência da Concelhia do PS de Coimbra. Já viu a coincidência. Não ajuda a clarificar um pouco a situação? O que eu acho é que foi este facto que determinou a sua “promoção”. Pode não estar em causa a competência da senhora, visto nem sequer a conhecer, mas que há uma grande coincidência, há. O que isto vai significar é a sua mudança de estatuto para 2009, não concorda?
Estimado Moleiro,
Eu posso concordar que em determinadas situações, as nomeações para determinados cargos, eventualmente pecam por falta de transparência.
Em minha opinião, as coincidências não são sinónimo de "irregularidades". De facto, podem criar suspeições relativamente à justeza de determinadas acções, mas até prova em contrário não podem ser encaradas como irregularidades.
Mas concordo que estas situações podem gerar opiniões de "condenação" imediata, até porque, infelizmente, acontecem com alguma frequência e em todos os espectros politicos.
Amigo Paulo Bernardes:
Eu não falei em irregularidades, porque parece não haver nada de irregular no que foi feito. Sou também da sua opinião de que situações como esta, acontecem em todos os espectros políticos.
Cumprimentos
Caro Moleiro,
De facto teve esse cuidado de não falar em irregularidades. Eu é que mensiono "irregularidades" (entre aspas, precisamente por não o serem na verdadeira acepção da palavra).
Abraço e bom jantar na festa :-)
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