segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Rafael Carriço e Vórtice Dance "despejados" do CAE

O director artístico do Centro de Artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz, Rafael Carriço, foi demitido do cargo, assumido há ano e meio, mas programador e autarquia divergem nas razões e motivos da demissão.

Com a saída do director artístico, também a companhia Vórtice Dance – dirigida por Rafael Carriço e pela bailarina e coreógrafa Cláudia Martins – abandona o CAE, terminando o protocolo iniciado com a autarquia em Janeiro de 2010 e que vigorava até 2013.

Em conferência de imprensa, no palco do grande auditório do CAE, acompanhado por elementos da companhia de dança, Rafael Carriço anunciou a saída do cargo, alegando que a autarquia tem uma “ideia nova” para a gestão do equipamento cultural.

“Fui chamado à Câmara. Decidiram acabar com o meu cargo de director artístico. Têm uma ideia nova, querem acabar com os cargos de director artístico e técnico no CAE”, disse aos jornalistas Rafael Carriço.

O ex-responsável do equipamento cultural, propriedade do município, disse, primeiro, ter posto “amigavelmente” o lugar “à disposição” da tutela autárquica perante os alegados motivos invocados, mas acabou por assumir ter sido “convidado a sair” pelo vereador da Cultura.

Ouvido pela Lusa, o vereador António Tavares confirmou ter convidado o director artístico a “pôr o lugar à disposição” mas recusa os motivos alegados por Rafael Carriço quanto à saída.

“O que está em causa é uma manifesta resistência dele em se enquadrar numa equipa de trabalho. Recusava-se a ir às reuniões, queria funcionar desenquadrado da equipa”, sublinhou.

António Tavares disse que o “conceito” de gestão e programação do equipamento, definido pela autarquia, encontrou “resistências” no director artístico, aludindo a iniciativas como os “Jardins de Inverno” e “Verão é no CAE” com as quais Rafael Carriço “não concordou”.

“Ele foi para lá como programador artístico, mas quisemos fazer coisas que não quis acompanhar. Demarcava-se daquilo que não queria”, frisou.

Este final do Dr. Tavares é arrasador: "... foi para lá para programador artístico, mas quisemos fazer coisas que não quis acompanhar..."

Então quem programava e o quê? ;-) Fonte "O Figueirense" 2011 Ago 01

1 comentário:

Anónimo disse...

Claro, quando a cultura ofusca os outros eventos é normal que se apaguem as luzes...não vá dar-se o caso de ficar-mos intelectualmente mais desenvolvidos.
Na figueira é crime pensar e fazer pela própria cabeça.
Enfim os socialistas são o que são e pronto...