quarta-feira, 30 de março de 2011

Salários davam para 4 aeronaves (Isto é que vai uma crise...)

A Empresa de Meios Aéreos (EMA) foi criada em 2007 com o objectivo de dispor dos meios indispensáveis a uma política eficaz de protecção e socorro, em particular nos domínios da prevenção e combate a incêndios florestais, na busca e salvamento. No entanto nem o Ministério da Defesa, liderado por Santos Silva, nem o Ministério da Saúde de Ana Jorge têm qualquer registo de cooperação prestada com aqueles meios aéreos da EMA, limitando-se portanto a sua missão à prevenção e combate a incêndios florestais. O presidente da EMA, Rogério Pinheiro, recebeu em 2010 um salário mensal de 6555 euros, a que se somaram outras regalias. Os outros dois administradores receberam 6270 euros por mês numa empresa em que a média salarial dos 58 trabalhadores – dos quais 15 são administrativos – é de 3377 euros (é fartar vilanagem). No total, o gasto com os salários (2,7 milhões) equivale à aquisição de quatro helicópteros Eurocopter (2,1 milhões sem IVA). Já as regalias pagas aos administradores (estas reportadas ao ano de 2009 ) totalizaram 52 mil euros só na renda das três viaturas de serviço, uma média de 17 mil euros por carro.
Esta Empresa criada pelo 1º governo de Sócrates tem alguma justificação? Este serviço não poderia ser prestado pela Força Aérea Portuguesa? A sua criação foi talvez para empregar mais alguns "boys", porque em 2007 ainda estávamos em tempos de "vacas gordas", com o défice cerca de metade do actual. E agora ainda têm a distinta lata de atirar para cima da "oposição" a culpa pela crise política.
O ministro Rui Pereira ainda tenta justificar a actividade da EMA, com a sua participação em missões de "busca e salvamento" e em "missões de protecção e socorro às populações". Mas nem o Ministério da Defesa, liderado por Augusto Santos Silva, nem o Ministério da Saúde de Ana Jorge têm qualquer registo de cooperação prestada com aqueles meios aéreos da EMA.

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