quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sócrates proíbe liberdade de voto

José Sócrates impediu hoje o grupo parlamentar do PS de votar livremente os projectos do BE e do PEV sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo. A imposição da disciplina de voto ocorreu num almoço que, na residência oficial de São Bento, juntou o líder do PS, o presidente da bancada parlamentar, Francisco Assis, e os seus vice-presidentes.
Sócrates, que invocou a unidade do partido, permite apenas algumas excepções (como Miguel Vale de Almeida, deputado independente e activista gay), atribuindo a Francisco Assis a tarefa de gerir essas excepções.
Os projectos do BE e do PEV admitem que os casais do mesmo sexo possam também adoptar crianças, direito que a proposta do Governo expressamente proíbe. Já cerca de uma dezena de deputados socialistas tinham declarados querer votar a favor desse projecto.
A bancada socialista reunirá hoje à noite para discutir o assunto. A votação na generalidade dos vários projectos está marcada para sexta-feira, no plenário.
Os custos da "nossa democracia" ou a falta de confiança de Sócrates nos seus colegas de partido. Assim, não há dúvida que terá sempre um "partido unido" :-). Mas agora pergunto eu: porque será Miguel Vale de Almeida diferente dos seus colegas de bancada, para ter liberdade de voto? E sentir-se-á bem numa bancada em que todos vão votar ao contrário dele. E se não tivesse liberdade de voto, o que faria. Não dá para perceber como ainda é possível tanta falta de democracia ao fim de quase 36 anos de regime.
Fonte Sapo.pt 2010 Jan 06

4 comentários:

Anónimo disse...

Voltou a DITADURA. Neste caso até é boa a proibição, pois poderá impedir que a lei que o BE quer fazer aprovar o seja.
O casamento homosexual já é uma aberração, mas com possibilidade de adopção valha-nos Deus.
Com um referendo a este tema ficariamos esclarecidos acerca da vontade popular, mas o PM sabe que assim nem o casamento seria aprovado.
Relembro quem não sabe, que os homosexuais já são "discriminados" para darem sangue. Segundo a legislação não podem pois são um grupo de risco (e muito bem).
Minha conclusão: A lei actual é boa, não mexam. Se quiserem fazer alguma coisa útil tentem não atrapalhar quem efectivamente trabalha neste país.

Paulo Bernardes disse...

Aquando das legislativas, todos os candidatos a deputados conheceriam e concordariam certamente com o programa eleitoral do partido que se propunham representar. Assim, faz sentido que o PS (ou qualquer outro partido) exija disciplina de voto em matérias que são fundamentais para o seu programa eleitoral.
Aliás, em Portugal não se vota num candidato a deputado pelo partido Xpto, mas sim no partido. Por isso, cada deputado deve manter um princípio de lealdade relativamente às directrizes que o seu partido defende.
Haverá, no entanto, situações em que, para manter essa lealdade, o deputado terá de por em causa as suas convicções. Neste caso, partidos mais tolerantes poderão permitir alguma liberdade de voto. Outros, nem tanto…

Anónimo disse...

Os deputados são eleitos pelo Povo, a votação deveria ser livre. Nem todos os simpatizantes do PS, aceitariam esse tipo de casamento. No PS nem todos são pan....

Anónimo disse...

CAGAY neles...