José Sócrates impediu hoje o grupo parlamentar do PS de votar livremente os projectos do BE e do PEV sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo. A imposição da disciplina de voto ocorreu num almoço que, na residência oficial de São Bento, juntou o líder do PS, o presidente da bancada parlamentar, Francisco Assis, e os seus vice-presidentes. Sócrates, que invocou a unidade do partido, permite apenas algumas excepções (como Miguel Vale de Almeida, deputado independente e activista gay), atribuindo a Francisco Assis a tarefa de gerir essas excepções. Os projectos do BE e do PEV admitem que os casais do mesmo sexo possam também adoptar crianças, direito que a proposta do Governo expressamente proíbe. Já cerca de uma dezena de deputados socialistas tinham declarados querer votar a favor desse projecto. A bancada socialista reunirá hoje à noite para discutir o assunto. A votação na generalidade dos vários projectos está marcada para sexta-feira, no plenário. Os custos da "nossa democracia" ou a falta de confiança de Sócrates nos seus colegas de partido. Assim, não há dúvida que terá sempre um "partido unido" :-). Mas agora pergunto eu: porque será Miguel Vale de Almeida diferente dos seus colegas de bancada, para ter liberdade de voto? E sentir-se-á bem numa bancada em que todos vão votar ao contrário dele. E se não tivesse liberdade de voto, o que faria. Não dá para perceber como ainda é possível tanta falta de democracia ao fim de quase 36 anos de regime. Fonte Sapo.pt 2010 Jan 06
4 comentários:
Voltou a DITADURA. Neste caso até é boa a proibição, pois poderá impedir que a lei que o BE quer fazer aprovar o seja.
O casamento homosexual já é uma aberração, mas com possibilidade de adopção valha-nos Deus.
Com um referendo a este tema ficariamos esclarecidos acerca da vontade popular, mas o PM sabe que assim nem o casamento seria aprovado.
Relembro quem não sabe, que os homosexuais já são "discriminados" para darem sangue. Segundo a legislação não podem pois são um grupo de risco (e muito bem).
Minha conclusão: A lei actual é boa, não mexam. Se quiserem fazer alguma coisa útil tentem não atrapalhar quem efectivamente trabalha neste país.
Aquando das legislativas, todos os candidatos a deputados conheceriam e concordariam certamente com o programa eleitoral do partido que se propunham representar. Assim, faz sentido que o PS (ou qualquer outro partido) exija disciplina de voto em matérias que são fundamentais para o seu programa eleitoral.
Aliás, em Portugal não se vota num candidato a deputado pelo partido Xpto, mas sim no partido. Por isso, cada deputado deve manter um princípio de lealdade relativamente às directrizes que o seu partido defende.
Haverá, no entanto, situações em que, para manter essa lealdade, o deputado terá de por em causa as suas convicções. Neste caso, partidos mais tolerantes poderão permitir alguma liberdade de voto. Outros, nem tanto…
Os deputados são eleitos pelo Povo, a votação deveria ser livre. Nem todos os simpatizantes do PS, aceitariam esse tipo de casamento. No PS nem todos são pan....
CAGAY neles...
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